Yuri Abyaza Costa

  Dona Fadinha Hoje, aos 29/01/2025 aposenta-se de vez da vida a nossa queria Fadinha, digo, aposenta-se de vez, porque ela sempre contava a história de como se aposentou, não havia ocasião que nos encontrássemos que ela não repetia a mesma história, que era assim: Você não sabe como eu me aposentei, se não fosse a Neife (Diretora do Cartório de Carapicuíba) eu não teria me aposentado, ela me colocou lá e eu trabalhei e consegui me aposentar - imagina se eu não tivesse me aposentado - exclamava. Dona Mafalda, conhecida por Fadinha, era muito querida por toda a vizinhança, mulher ativa, não parava em casa, sempre pra cima e para baixo, de um lado e do outro, sentava-se no sofá da sua casa, ligava a televisão para ver o noticiário e a novela e começava a fazer tricô, ela fazia muitas coisas, mas o tricô preferido eram meias, depois presenteava os amigos com as meias que fazia com muito carinho, eu mesmo tenho duas meias que ela fez.  Ela era dona da Retífica Agulhas Negras, retí...

Nada somos sem amor É isso mesmo, dia 01/01/2025 passei o dia com a sensação de dever cumprido, é uma sensação tão boa, de que nada mais importa, que me desliguei de tudo e todos e fiz o que tinha que ser feito - missão cumprida.  É inexplicável. Senti-me leve, pouca fome, a atmosfera estava sutil, sem preocupações, mas creio que isso tenha mais a ver com um fato psicológico do que psicossomático, porque a ideia de calendário nos trás falsos prazos, e a impressão que tive é a de que alcancei a meta de 2024 - que juro, não sei qual era - talvez apenas a de chegar" vivo ao que se chama de final de ano.  Como dizia Raul Seixas, "o passado morreu e você não enterrou", e ele estava certo. Todo segundo passado deve ser enterrado, e cada segundo futuro não deve ser pensado, é preciso aprender a viver somente o agora, intensamente, sem pensar nas consequências futuras, igual faz a criança que vive para descobrir o mundo e se pensar bem, veja que o seu mundo é do tamanho daquilo ...