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Mostrando postagens de maio, 2018

O que eu já vi na vida

Coisas que eu já vi e vivi Na minha vida já vi muitas coisas. A primeira "coisa" que vi, foi o rosto de minha mãe. Também, depois, o rosto de meu pai. Vi o Sol nascer e se pôr. A Lua surgir do horizonte. As estrelas brilharem no céu. As ondas do mar. Vi meu primeiro aniversário. O primeiro brinquedo. A primeira risada. A primeira lágrima. Vi meu primeiro amigo. Meu primeiro amor. Minha família reunida. Vi meu primeiro Natal. O primeiro final de ano. A felicidade pela primeira vez. Vi o primeiro ciclo de vida. As pessoas caminhando pelas ruas. Através da janela do ônibus. Do trem. Do carro, a pé. Vi minha primeira namorada. A risada do amor. Do bem querer e da poesia. Da liberdade. Vi minha primeira professora Carinhosa. Amiga. Protetora e útil. Vi meu primeiro médico. O primeiro dentista. O primeiro oftalmologista. O primeiro otorrinolaringologista. Vi meu primeiro acidente de bicicleta. Rolar as escadas. Escorregar na grama. Rolar no chão...

Lá se vai Eurico

Yuri Abyaza Costa & Eurico Cordeiro da Rocha Eurico Cordeiro da Rocha Nome que significa o justo Disso ele tinha tudo Até mesmo o que não precisava Nordestino de nascimento Paulista de coração Carregava Brasília na alma Da França era um irmão Mais do que artista Era também estilista Decorador, fotógrafo, poeta Com a agulha era equilibrista Tecia com perfeição Porque era a sua paixão Fazia bolsa, colete, gravata Não fazia sapato, não descia ao chão Seu nome tinha Cordeiro Seu signo era de Touro Seu nome tinha Rocha Sua vida era um estouro Falava até descansar Só sabia elogiar Não gostava de truculência Estava sempre a acalentar Andava de bicicleta Levava a vida sem pressa Era sobe e desce da vida Que fez Eurico pular Pulou dessa para outra Num piscar de olhos partiu Deixou no ar um sorriso Na lembrança a presença marcou Voou da Asa Norte a Asa Sul Sua alma agora paira no ar Quem quiser o chamar Basta seu nome gritar Vá com Deus meu amigo Não sinta o perigo Que este não te afeta mais...

Recordações de Mamuma

Maria José Abyaza Costa Foi até o dia 08 de abril Que a Vênus de Milo dormiu. Foi em 08 de abril Que Maria José Abyaza dormiu A Vênus de Milo suscitava  Maria José Abyaza se afastava Cada uma com seus própósitos Deixar a beleza para os outros olhos A Vênus de Milo teve seu criador Maria José Abyaza também teve o seu A Vênus de Milo não foi completada Maria José Abyaza foi totalmente formada A Vênus de Milo, nada segurava Porque não tinha braços, estava amputada Maria José Abyaza, agradecida ficava Quando em seus braços seu filho a olhava O destino, mesmo incerto é justo Porque reserva para todos algo robusto A Vênus de Milo só foi achada Porque um camponês queria fazer um muro Sua robustez não lhe dava seguro De que possuía mais do que pedras Tinha em suas mãos o próprio futuro Trocou por meia dúzia de cabras, depois só murmuro Maria José Abyaza, abriu os braços e bateu asas Não queria construir um muro, quer...