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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Um dia tudo se torna igual

Chega um dia em que todas as coisas se tornam iguais. Os sabores, os amigos, os assuntos, os livros, os pensamentos, as mulheres, as viagens, as vontades, tudo passa a ser uma única coisa. Quando esse dia chega não há o que fazer a não ser esperar. É o reflexo de que se compreendeu a vida. Nela [vida] não existe nada de especial depois que se percebe que tudo não passa da mesma coisa todos os dias. Viver torna-se enfadonho. Dormir para sonhar e assim escapar por algumas horas da triste monotonia que é a vida ou se embriagar para também escapar da monocromática realidade em que os dias se tornaram acaba por ser a única saída para quem alcançou o estágio final da vida e ainda continua vivo. Tudo o que for fazer acaba por se tornar repetitivo, porque qualquer coisa que pareça ser nova, na verdade não é, de algum modo você já fez e nem percebeu.  O esforço para adoecer o corpo e forçá-lo a se desligar parece a única novidade. Mas ele persiste em continuar vivo e a novidade torna...