Lá se vai o Coronel Edilberto

Coronel Edilberto de Oliveira Melo
Ele viveu tudo o que pode

 

Sinceramente estou com medo desse meu blog virar um obituário. Se não fosse essa a piada que o coronel PM/SP/Res. faria, seria algo parecido. Essa é a memória que tenho dele, do meu amigão Edilberto, a memória do humor, misturado com a inteligência de quem viveu intensamente cada minuto da vida. Dizem que o homem inteligente é aquele que vive intensamente a vida que Deus honrou em lhe dar e se isso for verdade, o coronel Edilberto fez tudo certo. 
Tive o prazer de conhecê-lo quando eu ainda era criança, acompanhado do meu pai Miguel Costa Junior. Na época o coronel Edilberto era o primeiro Diretor do Museu de Polícia Militar do Estado de São Paulo, ainda jovem, bem disposto, carinhoso, atencioso e gentil. Quando os dois velhinhos se reuniam, era só piada. 
Tive a oportunidade de me encontrar com o coronel Edilberto várias vezes e numa dessas vezes eu estava acompanhado de uma atriz de teatro, pois tínhamos a ideia de fazermos uma peça teatral para a Revolução de 1924, na ocasião o coronel Edilberto presidia o Clube dos Oficiais da Reserva da PM/SP. Como ele tinha uma história para tudo, contou-nos que quando ele ainda era criança, fez parte de uma peça teatral no colégio que estudava e o seu personagem só tinha uma fala, que correspondia a outro personagem que deveria queimar um pedaço de papel e então o coronel Edilberto diria: "nossa, que cheiro de papel queimado". Essa era a sua fala. Acontece que o colega de palco esqueceu de levar o fósforo e então no improviso, teve que rasgar o papel e o coronel Edilberto também improvisou com a seguinte fala: nossa... que cheiro de papel rasgado. (Muitos risos aqui)
Essa é a memória que levo do meu amigo, que agora contará suas histórias aqui na Terra para os que estiverem ao seu lado no Céu. 
Coronel, "bota" ordem na casa, porque aqui na Terra está uma bagunça.
Abraços do amigo Yuri. 

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