Lá se vai o Serginho (Bem Comer)
Sérgio Luiz Martins |
Todos os dias, de segunda a sábado, o final da tarde era sempre no Bem Comer, que tinha música ao vivo, cerveja e o encontro com vários amigos. O tempo passou e os aluguéis subiram, o que fez com que o Bem Comer mudasse da Av. Rui Barbosa, para a Rua Antônio Roberto, um pouco mais abaixo do antigo endereço. O fato é que a clientela mudou junto. Isso significa que não era só o bar que era interessante, era o dono do bar, o Serginho, que com aquela jeito único dele, cativava o cliente e vendia sem dó. Era um prazer estar perto dele. Sempre sorridente e rigoroso, não admitia bagunça no bar e impunha respeito, aproveitava aquela vóz rouca e forte e evitava tolices que poderiam vir a terminar mal.
Bom.... vou contar uma coisa aqui que ninguém sabe. O Serginho fechava o bar de madrugada e como éramos vizinhos de parede, independente de qual dia fosse, por volta das duas ou três da madrugada. era corrente de portão, buzina ou a voz dele que adentrava no meu quarto e me acordava, então eu tinha que esperar ele fazer todo o ritual de guardar o carro e fechar tudo para depois eu voltar a dormir, só que ele ligava a televisão e então eu levantava e ia trabalhar, já que não dava para dormir. Foram mais de 20 anos e eu nunca reclamei com ele, porque sempre admirei seu esforço para pagar a faculdade dos filhos e manter a casa, como um verdadeiro chefe de família.
Linda homenagem!
ResponderExcluirQue texto emocionante, não tive o prazer de conhece lo tão bem assim, mas através do seu relato já pude perceber o quão querido ele foi e sempre será.
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