Carta aos presidenciáveis

Carta aos candidatos 2022
                                       

Ilustres:

Logo no começo da colonização do Brasil, chegaram os jesuítas, que construíram aldeias com indígenas para criarem caminhos e trabalharem na mineração de ouro.

Eles também introduziram o cristianismo e desenvolveram um sistema de educação baseado na lei portuguesa.

Os portugueses sabiam que sua presença não era bem recebida por todos.

Durante o tempo em que Portugal governou o Brasil, a metrópole mandava um rei, um monarca que governava e não tinha seus atos questionados, mesmo que causasse mais problemas do que soluções.

É assim até os dias de hoje, governos no Brasil não têm seus atos questionados, mesmo que causem mais problemas e não apresentem soluções básicas para o povo.

Assim que uma nova cidade ou vila fosse descoberta por estes exploradores, eles assumiam o controle sobre ela e se certificavam de que os impostos fossem pagos regularmente.

Foi assim durante toda a monarquia, passando pelos diversos reizinhos até D. Pedro I e o fim da monarquia em 1889.

Depois com seus sucessores, da República e até os dias de hoje, são 500 anos de lentidão do país. Uma lentidão não justificada.

A situação é a mesma. O Brasil vive de coleta de impostos, igual era no passado, isso precisa mudar, senão o país não vai evoluir.

O problema é que, no final, nada acontece. O povo continua a viver na pobreza e os mesmos governos permanecem no poder. Isto não deveria ser assim em um país democrático onde temos eleições a cada quatro anos.

Eu sei o que você está pensando: "Qual é a fonte de toda essa lentidão?" Não quero acusar ninguém de nada, mas há algumas pessoas que poderiam ser responsáveis por essa lentidão no Brasil.

O Brasil é uma mistura de diversas culturas sem uma identidade única e fixa.

Por exemplo, os povos indígenas do Brasil falam português e vivem em aldeias que parecem ser da África.

A comunidade afro-brasileira tem sua própria religião e tradições, mas eles também falam português e observam os feriados ocidentais, como o Natal e a Páscoa.

Os outros grupos étnicos do país - imigrantes portugueses, italianos, libaneses - compartilham seus próprios modos de vida uns com os outros, enquanto ainda preservam alguns costumes de suas antigas origens.

Esta mistura cultural torna difícil definir o que a "cultura brasileira" realmente significa!

O fato é que ser brasileiro não é ter nascido no Brasil, nem ter sido naturalizado. Não é uma questão de sangue ou de raça, mas de cidadania.

Ser brasileiro é considerar-se brasileiro, independente de sua origem.

Ser patriota não significa hastear bandeira e nem idolatrar militar. Ser patriota é conservar e preservar a cultura de onde está e não de onde veio.

Devemos nos orgulhar de nossa própria identidade como brasileiros porque temos muito mais do que aqueles que vivem no exterior e que sabem sobre nós.

Não é necessário esquecer de onde veio, mas é necessário fazer prevalecer a cultura de onde está vivendo, do lugar que te sustenta, porque essa é a sua nova casa.

O Brasil é um país imenso, seria difícil, senão impossível, para qualquer pessoa acompanhar tudo o que se passa em um país tão grande e saber o que todas as pessoas querem ou precisam.

O que se sabe é que os Estados precisam de Independência para os governadores executarem as melhores ações para gerar renda para o povo - igualmente os prefeitos. 

Você precisa ser capaz de administrar seu próprio território e tomar decisões de forma independente.

Se você tiver muitas pessoas lhe dizendo o que fazer, então será difícil para você fazer qualquer progresso real no desenvolvimento.

É importante que os brasileiros entendam isto porque somos um país de muitas culturas e religiões diferentes.

Acredito que todos concordam: queremos que nossa economia cresça mais forte e queremos melhores oportunidades de educação para nossos filhos para que eles possam ter um futuro brilhante.

A única maneira de alcançar estes objetivos é se cada Estado tiver independência do governo central em Brasília (a capital).

A autoridade do Congresso Nacional para comandar e controlar do Amazonas ao Rio Grande do Sul tem que terminar.

O sistema que temos agora, onde há algumas pessoas em Brasília que deveriam dirigir o país, é totalmente antidemocrático e não tem legitimidade.

Precisamos de uma nova constituição que comece do zero: temos que devolver o poder de Brasília de volta para as regiões onde ele pertence.

Não podemos aceitar que 513 deputados determinem o destino de 220 milhões de pessoas das mais variadas culturas e desejos.

Os representantes não devem ser capazes de nos impor sua vontade, É por isso que muitas propostas continuam meio elaboradas: porque foram concebidas por pessoas que estavam pensando em seus próprios interesses e não nos interesses da sociedade em geral!

É hora de todos nós - cidadãos e políticos - darmos uma outra olhada em como as instituições de nosso país funcionam hoje para que possamos garantir que estes mecanismos sejam verdadeiramente democráticos e representem todos de forma justa.

O Congresso Nacional deve se concentrar apenas em questões nacionais e deixar para os prefeitos e governadores os interesses mais apropriados para cada Região.

Muitos desses problemas não são resolvidos com a criação de um governo central muito forte, mas sim com o fortalecimento dos governos locais ou entidades regionais, que estão mais próximas dos cidadãos e têm mais influência em suas vidas.

Na verdade, muitos países da América Latina já adotaram este modelo com sucesso: México tem 32 estados; Argentina, 24; Chile, 15 mais 5 territórios; Colômbia tem 32 departamentos; Honduras tem 18 departamentos; Venezuela tem 23 estados (e dois territórios federais).

A população brasileira é muito grande e diversificada para ser administrada efetivamente por uma pessoa ou mesmo por poucas pessoas.

Quando o Congresso Nacional proíbe algo no Brasil, proíbe de Norte a Sul e de Leste a Oeste e isso é inaceitável.

Os deveres do presidente não devem ser nada mais do que negociações internacionais.

Um negociador para o país obter recursos e compartilhar a pizza com o povo em partes iguais.

Não há nada mais importante para um país do que isso, portanto, faz sentido descentralizar.

Para que isso aconteça, você terá que saber o que as pessoas querem.

Primeiramente, você precisa saber que as pessoas não querem mais o caroço de azeitona. Nós queremos a pizza ao lado da massa e cupons de desconto, além de tudo mais.

As pessoas não precisam de bem-estar barato, nem de bem-estar caro, precisam de dinheiro no bolso para gastar como acharem melhor. Este é um conceito simples que se perdeu em muitos políticos deste país e do mundo inteiro.

O governo deveria incentivar para que os cidadãos lucrem sozinhos e por conta própria o estilo de vida que querem levar. 

As pessoas sempre encontrarão uma maneira de conseguir o que querem se lhes for dada a liberdade de elas mesmas conseguirem.

A grande questão das políticas sociais como as leis de salário mínimo é que elas só ajudam algumas pessoas enquanto prejudicam outras - geralmente aquelas com menos habilidades ou experiência. 

As de menor experiência não conseguem encontrar trabalho porque não há nenhum salário suficientemente alto devido à concorrência de outros trabalhadores dispostos a trabalhar por menos do que o seu empregador lhes pagaria antes da introdução do salário mínimo! 

Se alguém quer algo mais do que qualquer outra coisa no mundo (como muitos querem), então por que eles não fariam o que fosse preciso?

Sentimo-nos como lixo, não temos uma educação de qualidade.

Na Europa os estudantes não usam mais cadernos, eles usam computadores, são programadores, e no Brasil as crianças nem sequer têm cadernos.

O que está acontecendo é que nosso sistema educacional está focado em ensinar as pessoas a trabalhar com papel, e não com outras coisas.

Precisamos de mais diversidade no tipo de empregos para que as pessoas possam encontrar algo que sejam boas em fazer, porque neste momento há muitos indivíduos desempregados que são educados, mas não têm empregos, porque não há vagas adequadas disponíveis para eles.

Nas escolas a merenda é péssima, não é nutritiva e os alunos famintos não prestam atenção nas aulas. Eles só pensam em passar de ano e conseguir um emprego medíocre para ganhar o suficiente para não morrer de fome.

A maioria dos pais não pode pagar pela educação de seus filhos porque não têm renda e nenhuma possibilidade de conseguir uma, pois não há empregos disponíveis.

Os professores que querem ensinar não têm outra escolha senão aceitar as condições precárias que lhes é dada, desta forma os alunos podem passar mesmo que não mereçam de acordo com critérios de mérito, porque não há exames ou testes que determine o potencial único de cada indivíduo!

Em questão de dias, os brasileiros irão às urnas para eleger seu próximo presidente. Há 13 candidatos na cédula, mas espera-se que apenas dois candidatos ganhem votos suficientes para chegar ao segundo turno eleitoral:

Esta eleição é sobre a escolha entre dois lados com a qual a maioria dos brasileiros não quer mais lidar.

Pensem nisso. Nós, o povo, queremos dinheiro para comprar casas, comida nutritiva e de preço baixo, pagar por médicos, dentistas, profissionais de saúde para obter bons diagnósticos, queremos carros novos e baratos, queremos combustível barato, roupas boas e de preferência que tudo seja fabricado no Brasil, para gerar emprego.

Qual de vocês, presidenciáveis, vai parar de encher o saco e fazer o que tem que ser feito? E você, congressista, o que pretende?

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