Lá se vai o Marcelo Figueira (Tchelo) Manteiga

 

Marcelo Figueira (manteiga)


Lá se vai o nosso amigo Marcelo, o tão querido Tchelo, ou manteiga. Conheci o Marcelo na época em que ele era dono do Bar da pracinha do Vila Caldas, em Carapicuíba, isso foi em 1997, um homem de personalidade alegre, marcante, divertido e muito paciente - sempre com um sorriso estampado no rosto, tratava todos muito bem, pois a simplicidade era a sua marca registrada.

Acho que não teve quem não o conheceu. Lembro-me que já eram altas horas da madrugada e eu na tentativa de conquistar uma namorada, estava declamando uma poesia em seu bar, junto estava a pretendente e ele, atrás do balcão, caindo de sono, até que me interrompeu e disse: "Yuri, termina essa poesia amanhã". Respeitosamente olhei para ele, e perguntei para a pretendente se poderíamos continuar no dia seguinte, ela disse sim e o Marcelo amém. 

Não sei por que ele fechou o Bar da pracinha! Talvez porque a família que morava em cima, não aguentava mais ficar sem dormir, já que o som comia solto até de madrugada. Às vezes, baldes de água caiam sobre as cabeças de seus clientes, como aviso de que alguém estava incomodando. 

O Marcelo tinha espírito empreendedor, tanto é que pouco tempo após fechar o bar, abriu uma gráfica num galpão na rua Antônio Roberto, e mais tarde um outro bar na Avenida Deputado Emílio Carlos.

Ainda há poucas informações do que aconteceu com ele, o que se sabe é que foi acometido pela agressividade de uma bactéria impiedosa e que não deu trégua - ficou pouco tempo internado. 

Irmão de Maçonaria, atravessou para o Oriente ao encontro do Grande Arquiteto do Universo, estava sempre em pé e à ordem e no esquadro, que simboliza a retidão do homem dentro do Templo e fora, no mundo profano. 

Aos familiares, manifesto meus sinceros sentimentos e aos amigos, que seu nome se perpetue além mar, em direção às estrelas. 

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