Chega um dia em que todas as coisas se tornam iguais. Os sabores, os amigos, os assuntos, os livros, os pensamentos, as mulheres, as viagens, as vontades, tudo passa a ser uma única coisa. Quando esse dia chega não há o que fazer a não ser esperar. É o reflexo de que se compreendeu a vida. Nela [vida] não existe nada de especial depois que se percebe que tudo não passa da mesma coisa todos os dias. Viver torna-se enfadonho. Dormir para sonhar e assim escapar por algumas horas da triste monotonia que é a vida ou se embriagar para também escapar da monocromática realidade em que os dias se tornaram acaba por ser a única saída para quem alcançou o estágio final da vida e ainda continua vivo. Tudo o que for fazer acaba por se tornar repetitivo, porque qualquer coisa que pareça ser nova, na verdade não é, de algum modo você já fez e nem percebeu. O esforço para adoecer o corpo e forçá-lo a se desligar parece a única novidade. Mas ele persiste em continuar vivo e a novidade torna...
Jornalista com MTB, escritor com livro publicado. palestrante, colunista, pai, ufólogo amador, detectorista, ecumênico, especialista na Revolução Tenentista, blogueiro, youtuber, empresário e ex-colecionador de peças antigas, enfermeiro com COREM e artesão cadastrado na SUTACO,